Woman Act - Vídeo Instalação Monocanal
DV PAL, 3’20’’ um loop, sem som.
“The representation of woman as spectacle – body to be looked at, place of sexuality, and object of disire…”
LAURETIS, Teresa de (1984). Alice Doesn’t – Feminism Semiotics Cinema.
4 Frames de Vídeo , DV PAL.
Planta do Esquema da Instalação Técnica
O espectador terá apenas uma pequena janela, a meio da parte frontal de 50cm x 40cm que permite a observação para o interior.
O vídeo estará projectado no interior de uma estrutura paralelepipédica, cuja parte frontal é em vidro fosco.
Resumo da ideia do projecto:
- A obra é uma vídeo instalação monocanal;
- O Video estará projectado no interior de uma estrutura paralelepipédica, cuja parte frontal é em vidro fosco de 4m x 2,5m;
- O espectador terá apenas uma pequena janela, a meio da parte frontal de 50cm x 40cm que permite a observação para o interior;
- Será visualizado uma projecção em loop, com diferentes mulheres na realização de tarefas relativas ao seu dia-a-dia.
Objectivos:
O objectivo deste projecto será induzir o espectador à observação da figura feminina, a partir de um formato comum nos anos 1970 e 1980, o peepshow.
A obra é uma vídeo instalação monocanal, cujo conteúdo de vídeo mostra uma realidade não habitual de encontrar no caso do peepshow: o de uma mulher pouco sexual e pouco atraente.Pretendo utilizar excertos do filme Jeanne Dielman, 23 Quai du Commerce, 1080 Bruxelles da Chantal Akerman, como obra base da narrativa do meu vídeo. A esta juntam-se outras oito obras de, video-performance; video-arte, e registo de performances. Estas integram o vídeo criando uma narrativa temporal, que poderá transmitir o do dia-a-dia de várias mulheres.
Linha de orientação teórica:
O elemento central de representação destas obras apropiadas consiste em concepções despersonalizadas do corpo, e o corpo que surge como superfície de projecção, ou o corpo como elemento deslocalizado de alguma outra acção.
No entanto esta linha criativa ou uma linguagem comum entre as mulheres não define na minha opinião uma estética feminista, pois ela não existe no sentido da corrente, é feita individualmente por cada artista.
Todas estas novas formas de encarar conceptualmente as obras e o processo criativo, aliadas a nova temática de trabalhos e as novas conjunturas sociais que foram reclamados pelas mulheres, e a importância conquistada pelas feministas no âmbito político e social no feminismo, surgem agora novas exigências das mulheres durante a segunda metade do século XX. O pós-feminismo, trás consigo uma serie de conceitos e ideologias a serem abordados por artistas.
Não poderia deixar de mencionar o pós-feminismo, pois são algumas das questões levantadas por este movimento que são tratadas pelas obras escolhidas para a realização do meu trabalho.
Segundo explica Alain Toureine numa entrevista ao EFE do Publico.es “Durante muitos anos não tiveram o direito de falar na primeira pessoa; sempre falavam de „nós‟ e portanto é mais importante para elas a construção de uma subjectividade a que antes não tinham direito…” (tradução livre) (EFE, 2008).
No discurso destas mulheres Toureine deduz que “Todas elas se definem como mulheres, asseguram que o seu grande projecto é construir a sua vida como mulher, e em grande parte concordam que o sucesso ou o fracasso deste projecto é visto na área da sexualidade.” (tradução livre) (Ibidem).
Falta ressalvar que em nenhuma altura algum dos autores estudados identifica ou é claro do porque da ligação quase abusiva da relação mulher/objecto-sexual. Da parte sociológica concluo que é por vivermos numa sociedade com um pensamento francamente masculinizado.
Da parte "recreativa", televisão e cinema, estará mais claro, visto que o sexo vende.Assim e fazendo um ponto da situação, por um lado temos a massificação da sexualidade da mulher, que poderá ser deturpada na sua criação para a televisão e o cinema ou pelo espectador, e por outro lado temos as respostas dadas por feministas, em criticas feitas com os seus trabalhos.